sexta-feira, 29 de maio de 2009

a carne

Caros leitores,

seguindo meu intuito de publicar neste blog ao menos um texto por mês, é chegado o momento, no finzinho do segundo tempo, de escrever.

É... posso contar um pouco do que vivi neste tempo sem postagem.

Instalei o Linux Ubuntu no PC, e por causa dele atrasei minha vida virtual. O sistema é forte, seguro, leve e livre, mas para concorrer com o Windows ainda acho que há muito chão.

Este ano tomei como meta me aprofundar nos estudos do meu instrumento musical, o cavaquinho (ou cavaco, como queiram). Estou estudando com Wellington Pinheiro, um cara que até com Yamandu Costa já tocou. E pra tocar com Yamandu não é qualquer Chimbinha, viu? O método utilizado nas aulas tem sido a tablatura, para aumentar meu repertório "solístico". A tablatura funciona de uma maneira muito diferente da partitura, vez que nesta não há necessidade de se conhecer previamente a peça a ser executada. Não sei se existe uma tablatura padrão, com códigos específicos para indicar os elementos. É uma bom pretexto para uma pesquisa.

Continuo estudando Comunicação Social. Acredito que boa parte dos estudantes do curso tem uma mentalidade de ensino médio, por assim dizer. Isto porque não vejo muita movimentação na busca de extensão e pesquisa nem participação maciça nas lutas políticas ou filosóficas. Enfim, muitos não se sentem produtores de conhecimento, ainda estão no "esquema de escola, cinema, clube e televisão" (Renato Russo). Vejo pessoas conversando e olhando orkut e MSN durante as aulas. Vejo professores se degladiando, capricho de egos inflados. Vejo servidores técnicos desmotivados, sem sentido... E agora veio a chuva, alagando toda inércia daquele bloco. Será que acordaremos desta vez?

Comprei um livro intitulado O Vazio da Máquina, de Andŕe Cancian. O autor é de Catanduva, São Paulo. Ele mantém um site (ateus.net) com textos que acompanho desde minha adolescência. O Vazio da Máquina é um soco no estômago de quem se acha muito importante por ser gente.

O chorinho do Grupo Confraria Alagoana do Choro, no Orákulo, outra vez me surpreendeu. Se pudesse iria todos os sábados. Já dei uma canja lá, a convite do meu professor Wellington. O nível dos músicos é elevado. Eles tocam todos os sábados, há oito anos, caminhando para nove. Isso é que é sucesso! Mas infelizmente Maceió ainda não consegue ser um centro artístico de criação e divulgação. Por isso, as músicas tocadas pelo Confraria Alagoana do Choro são as distribuídas pelo eixo Rio-São Paulo.

Como neste texto há música e comunicação, mato dois coelhos numa cajadada só e o publico em meus dois blogs.

Sempre lembrando que “a carne mais barata do mercado é a carne negra” (Seu Jorge, Marcelo Yuca E Wilson Capellette)!